Único brasileiro campeão mundial, o maranhense Rafael Leitão conquistou
mais um feito inédito. Agora a Federação Internacional de Xadrez por
Correspondência (IFCC) homologou Leitão como Grande Mestre da categoria,
após a conquista do terceiro lugar no Mundial de Xadrez por
Correspondência. Ele já era Grande Mestre no xadrez clássico.
No xadrez por correspondência os jogadores têm três dias para realizar
uma jogada e com isso o Campeonato Mundial durou dois anos. Nesta
modalidade os atletas podem utilizar softwares durante as partidas, o
que resultou em vários empates no decorrer do campeonato.
Apesar do apoio da máquina, a capacidade humana ainda tem uma grande
interferência no jogo. É neste aspecto em que aparecem os jogadores
diferenciados, o que aconteceu como Rafael Leitão, levando-o ao terceiro
lugar no Mundial.
Apesar disso, Rafael destaca que não tinha grandes objetivos no xadrez por correspondência.
- Eu não tinha muitas pretensões com a modalidade, mas as coisas foram
acontecendo naturalmente e eu fui me animando, até conquistar esse
título de Grande Mestre – disse Rafael Leitão.
O presidente da Federação Maranhense de Xadrez (FEMAX) e irmão de
Rafael, Nicolau Leitão, destacou que inicialmente a modalidade era vista
para o GM apenas como uma forma de aprimorar as técnicas no xadrez
clássico.
- O Rafael queria utilizar o xadrez por correspondência para aprimorar
os movimentos no xadrez clássico. Como você conta com o auxílio do
computador para analisar as jogadas, acaba que você encontra novas
jogadas para ser utilizada no xadrez clássico.
Com os atletas tendo três dias para realizarem suas jogadas, o
Campeonato Mundial, onde Rafael Leitão terminou em terceiro lugar, durou
dois anos. Leitão passou pelas duas primeiras fases e somente por causa
do terceiro lugar, recebeu o título de Grande Mestre.
Apesar do feito recente do irmão, Nicolau Leitão crê que a modalidade pode estar perto de seu fim.
- Hoje as competições estão mais curtas, pois é tudo feito
virtualmente. Antes quando se dependia do prazo dos correios, uma
competição chegava a durar cinco anos. Apesar disso, em breve, creio que
em até cinco anos, não haverá mais sentido no xadrez por
correspondência. Os softwares estão evoluindo tanto, que talvez passará a
ser impossível haver um vencedor em um jogo, onde ambos, utilizam as
máquinas para pensar suas jogadas. Atualmente ainda há a interferência
humana, mas é mínima – destacou Nicolau Leitão.
Olimpíadas na Turquia
Atual líder do ranking brasileiro, Rafael Leitão é o principal atleta
da seleção brasileira, que irá disputar as Olimpíadas de Xadrez, na
Turquia. A competição será disputada em setembro e com a evolução do
xadrez brasileiro, o maranhense poderá encarar rivais do Leste Europeu.
Fonte: Globo Esporte
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