sábado, 23 de junho de 2012

Maranhense torna-se Grande Mestre de xadrez

Único brasileiro campeão mundial, o maranhense Rafael Leitão conquistou mais um feito inédito. Agora a Federação Internacional de Xadrez por Correspondência (IFCC) homologou Leitão como Grande Mestre da categoria, após a conquista do terceiro lugar no Mundial de Xadrez por Correspondência. Ele já era Grande Mestre no xadrez clássico.
No xadrez por correspondência os jogadores têm três dias para realizar uma jogada e com isso o Campeonato Mundial durou dois anos. Nesta modalidade os atletas podem utilizar softwares durante as partidas, o que resultou em vários empates no decorrer do campeonato.
Apesar do apoio da máquina, a capacidade humana ainda tem uma grande interferência no jogo. É neste aspecto em que aparecem os jogadores diferenciados, o que aconteceu como Rafael Leitão, levando-o ao terceiro lugar no Mundial.
Apesar disso, Rafael destaca que não tinha grandes objetivos no xadrez por correspondência.
- Eu não tinha muitas pretensões com a modalidade, mas as coisas foram acontecendo naturalmente e eu fui me animando, até conquistar esse título de Grande Mestre – disse Rafael Leitão.
O presidente da Federação Maranhense de Xadrez (FEMAX) e irmão de Rafael, Nicolau Leitão, destacou que inicialmente a modalidade era vista para o GM apenas como uma forma de aprimorar as técnicas no xadrez clássico.
- O Rafael queria utilizar o xadrez por correspondência para aprimorar os movimentos no xadrez clássico. Como você conta com o auxílio do computador para analisar as jogadas, acaba que você encontra novas jogadas para ser utilizada no xadrez clássico.
Com os atletas tendo três dias para realizarem suas jogadas, o Campeonato Mundial, onde Rafael Leitão terminou em terceiro lugar, durou dois anos. Leitão passou pelas duas primeiras fases e somente por causa do terceiro lugar, recebeu o título de Grande Mestre.
Apesar do feito recente do irmão, Nicolau Leitão crê que a modalidade pode estar perto de seu fim.
- Hoje as competições estão mais curtas, pois é tudo feito virtualmente. Antes quando se dependia do prazo dos correios, uma competição chegava a durar cinco anos. Apesar disso, em breve, creio que em até cinco anos, não haverá mais sentido no xadrez por correspondência. Os softwares estão evoluindo tanto, que talvez passará a ser impossível haver um vencedor em um jogo, onde ambos, utilizam as máquinas para pensar suas jogadas. Atualmente ainda há a interferência humana, mas é mínima – destacou Nicolau Leitão.
Olimpíadas na Turquia
Atual líder do ranking brasileiro, Rafael Leitão é o principal atleta da seleção brasileira, que irá disputar as Olimpíadas de Xadrez, na Turquia. A competição será disputada em setembro e com a evolução do xadrez brasileiro, o maranhense poderá encarar rivais do Leste Europeu.
Fonte: Globo Esporte

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