Nenhum outro esporte tem uma relação tão íntima com a edução quanto o Xadrez. Essa relação transformou o jogo de tabuleiro como o segundo esporte mais praticado no mundo. Mas a tendência é que esse percentual aumente ainda mais embalado pela inclusão do xadrez na grade curricular das escolas. No Rio Grande do Norte isso já é realidade e nos colégios Auxiladora, Objetivo, Salesiano, bem como nas redes públicas de São Gonçalo e de Macaíba, existe a obrigação da realização de pelo menos uma aula por semana para os alunos situados na faixa etária entre 6 e 15 anos.
Xadrez: esporte que transforma os alunos
O xadrez também é apontado como um grande impulsionador da imaginação e contribui para o desenvolvimento da memória, da capacidade de concentração e da velocidade de raciocínio, além de exercer ainda um importante papel socializante ensinando as crianças a conviverem bem com as questões da derrota e da vitória, mostrando que os resultados não estão relacionados ao fracasso e ao sucesso.
"O xadrez ajuda tanto no desenvolvimento do aluno, que já existe um levantamento realizado no RN demonstrando que grande parte os jogadores de xadrez conseguem aprovação logo no primeiro vestibular. Talvez por isso é que há três anos que o xadrez faz parte da grade curricular dos alunos a partir da segunda série até o nono ano", destacou Lenia Damasceno, que ensina o esporte em três colégios de Natal.
Ela disse ter herdado a paixão pelo esporte do pai. "Nós sempre víamos ele jogando e eu, particularmente, gostava de acompanha-lo nos torneios que disputava, principalmente quando acontecia em outro estado. Ele também nos estimulava muito e aos 7 anos comecei a mexer as peças no tabuleiro", contou Lenia. "Meu pai tem uma Neta com três anos que já sabe o nome de todas as peças do jogo e essa em bem pouco tempo deve estar jogando também, já que a vontade dele era de que eu começasse a jogar aos 5 anos", completou.
Zapata, um dos cinco filhos de seu Alécio, sempre dividiu a atenção do xadrez com outras atividades. Músico da Orquestra Sinfônica do RN, onde toca violino, dedica uma boa parte dos seu tempo ao estudo para aprimorar sua técnica neste ramo, mas também não escapou da tradição familiar e acabou se rendendo ao xadrez. Porém, ressalta não possuir a mesma técnica da irmã que já foi nove vezes campeã estadual. Em sua defesa ele argumenta: "A maneira mais fácil de se definir um gênio é quando uma criança se mostra um verdadeiro fenômeno no xadrez ou na música. Eu pratico as duas coisas", frisa.
Fonte:
Tribuna do Norte